História

Como será que os povos dominados reagiram à opressão Asteca?

A reação dos povos dominados à opressão asteca variou consideravelmente, dependendo de diversos fatores, incluindo a proximidade geográfica com o núcleo asteca, as capacidades militares do povo subjugado, a intensidade da exploração, e as alianças políticas regionais. Confira o que os astecas exigiam dos povos dominados neste material complementar.

Aqui estão algumas das formas comuns de resposta:

Revolta e Resistência: Alguns dos povos dominados optaram por resistir ao controle asteca, especialmente quando os tributos se tornavam excessivamente onerosos ou quando as demandas por vítimas de sacrifício humano se intensificavam. Estas revoltas poderiam ser violentas e resultar em conflitos militares significativos. No entanto, os astecas possuíam um exército bem organizado e disciplinado, o que muitas vezes lhes permitia reprimir rapidamente essas insurreições.

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Exemplo: Os povos da região de Chalco diversas vezes se revoltaram contra os astecas. Uma dessas revoltas ocorreu em 1465, quando tentaram se libertar do domínio asteca, insatisfeitos com os pesados tributos e as exigências de sacrifícios humanos. No entanto, foram rapidamente subjugados pelas forças militares astecas.

Submissão e Adaptação: Outros grupos optaram por uma abordagem mais passiva, submetendo-se ao império asteca e pagando os tributos exigidos. Muitas vezes, esses povos procuravam adaptar-se às demandas astecas para preservar alguma forma de autonomia local, mantendo sua própria estrutura de liderança interna, que administrava as exigências astecas sob supervisão.

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Exemplo: Os Matlatzincas, um povo que habitava a região do Vale de Toluca, escolheram submeter-se ao Império Asteca. Eles adaptaram sua economia para atender às demandas dos tributos astecas, cultivando mais milho e tecendo mais tecidos para enviar a Tenochtitlán.

Formação de Alianças: Alguns estados ou grupos étnicos subjugados buscaram formar alianças com outros povos igualmente dominados ou com inimigos externos dos Astecas. Essas alianças visavam fortalecer suas posições através do apoio mútuo contra a dominação asteca.

Exemplo: Os Tlaxcaltecas, notórios inimigos dos astecas, frequentemente buscavam formar alianças com outros povos minoritários e com os espanhóis para resistir à expansão asteca. Esta estratégia culminou na aliança com Hernán Cortés, que foi crucial para a queda de Tenochtitlán.

Fuga e Deslocamento: Em alguns casos, particularmente quando a repressão ou os sacrifícios se tornavam intoleráveis, grupos de pessoas podiam escolher abandonar suas terras e migrar para regiões mais distantes, fora do alcance direto do controle asteca.

Exemplo: Grupos menores, frequentemente das periferias do império asteca, como os povos de regiões mais distantes no norte do atual México, por vezes escolhiam abandonar suas aldeias e terras agrícolas para escapar dos impostos e da repressão militar, migrando para áreas mais isoladas e de difícil acesso.

Colaboração: Algumas elites locais escolhiam colaborar com os astecas para preservar seu status e poder dentro de suas próprias comunidades, facilitando a coleta de tributos e o recrutamento para sacrifícios em troca de privilégios ou proteção do governo central asteca.

Exemplo: As elites de Culhuacan, uma cidade-Estado que foi um dos primeiros aliados dos astecas, colaboraram estreitamente com os astecas. Essa colaboração incluía não apenas o pagamento de tributos, mas também o fornecimento de guerreiros para as campanhas militares astecas e a participação em rituais religiosos astecas.

Ao se aproximar o fim do período asteca, particularmente durante o início do século 16, a insatisfação acumulada entre os povos subjugados tornou-se um fator chave que facilitou a conquista espanhola liderada por Hernán Cortés. Muitos dos povos dominados, como os Tlaxcaltecas, uniram-se aos espanhóis como aliados contra os astecas, vendo na chegada dos europeus uma oportunidade para derrubar seus opressores. Esta aliança foi crucial para a eventual queda de Tenochtitlán em 1521.

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