Tipos de Relevo Brasileiro

O relevo brasileiro é caracterizado por uma grande diversidade de formas e estruturas, resultante da complexa história geológica do país. Este tema é de extrema importância na Geografia, especialmente para estudantes que se preparam para vestibulares e concursos, pois compreendê-lo permite entender melhor as interações entre fatores climáticos, biomas, recursos naturais e a ocupação humana. Neste artigo, abordaremos os principais tipos de relevo do Brasil, suas características e suas implicações ecológicas, sociais e econômicas.

Conhecer os tipos de relevo brasileiro é fundamental para compreender como esses diferentes formatos moldam o clima, a vegetação e o uso do solo. Além disso, é importante entender como os processos naturais, como erosão e sedimentação, e os fatores humanos, como a agricultura e a urbanização, influenciam o relevo e são influenciados por ele.

Principais Tipos de Relevo Brasileiro

O relevo brasileiro é bastante variado e pode ser dividido em várias categorias principais, cada uma com características próprias. A classificação mais utilizada atualmente é a do geógrafo Jurandyr Ross, que identifica 28 unidades de relevo no Brasil, agrupadas em planaltos, planícies e depressões.

Planalto

Os planaltos são áreas de terrenos mais elevados que foram desgastados ao longo do tempo pela erosão. Eles se caracterizam por uma superfície mais ou menos plana e por estarem localizados acima do nível do mar. No Brasil, os principais planaltos são:

  • Planalto Central: Localizado na região Centro-Oeste, esse planalto é fundamental para a hidrografia brasileira, pois nele nascem importantes rios como o Tocantins, o São Francisco e o Paraná.
  • Planalto Atlântico: Estende-se ao longo do litoral sudeste e sul, se dividindo em áreas como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. É uma região marcada por florestas e clima úmido.
  • Planalto da Borborema: Situado no Nordeste, possui grande influência no clima da região, causando diferença de precipitação entre o litoral e o interior, sendo relevante para a agricultura e o abastecimento de água.

Planícies

As planícies são áreas de relevo com pequena variação de altitude, predominantemente planas e formadas pelo acúmulo de sedimentos. As principais planícies do Brasil incluem:

  • Planície Amazônica: Reconhecida por sua vasta extensão e densa floresta tropical. É uma biosfera extremamente rica e tem grande importância econômica devido à biodiversidade e aos recursos hídricos.
  • Planície do Pantanal: Considerada a maior planície inundável do planeta, cobre partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e é essencial para o turismo ecológico e a preservação da fauna e flora.
  • Planície Litorânea: Estende-se pela faixa costeira do Brasil e é caracterizada por praias, dunas e restingas. Essa planície é importante para a atividade turística e pesqueira.

Depressões

As depressões são áreas mais baixas em comparação ao relevo adjacente, sendo frequentemente resultado de processos erosivos. No Brasil, destacam-se duas grandes categorias de depressão:

  • Depressão Marginal: Próxima ao litoral, como a Depressão Sertaneja São Francisco, que acaba influenciando no clima e na vegetação do semiárido nordestino.
  • Depressão Interplanáltica: Localizada entre planaltos, como a depressão do São Francisco. Essas áreas são muitas vezes utilizadas para pastagens e agricultura devido aos solos férteis.

Importância Ecológica, Social e Econômica do Relevo Brasileiro

O relevo brasileiro possui uma grande importância ecológica, pois influencia diretamente a distribuição dos biomas, a disponibilidade de recursos hídricos e a biodiversidade. Por exemplo, os planaltos e serras do sudeste abrigam a Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em espécies do planeta, enquanto a Planície Amazônica sustenta a maior floresta tropical do mundo.

Do ponto de vista econômico, o relevo determina a aptidão do solo para atividades como agricultura, pecuária e mineração. As regiões de planícies, como o Pantanal, são importantes para a criação extensiva de gado e o turismo ecológico. Já os planaltos são mais propícios para cultivos diversos, incluindo o café, soja e cana-de-açúcar.

Socialmente, o relevo influencia a ocupação e o desenvolvimento das áreas urbanas e rurais. A Serra do Mar, por exemplo, oferece uma barreira natural que limita a expansão das cidades litorâneas para o interior. As depressões, por sua vez, muitas vezes abrigam grandes centros urbanos devido à facilidade de construção e menor risco de deslizamentos.

Influências Climáticas e Biomas

O relevo também é um fator crucial na definição dos padrões climáticos e na distribuição dos biomas brasileiros.

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  • Planalto Central: Contribui para a formação do clima tropical de altitude, com verão quente e chuvoso e invernos secos, influenciando o Cerrado, um bioma diversificado em vegetação e fauna.
  • Planalto da Borborema: Afeta a distribuição das chuvas no Nordeste, diferenciando as áreas úmidas litorâneas das secas no interior, impactando diretamente a Caatinga.
  • Planície Amazônica: A baixa altitude e grande quantidade de água influenciam o clima equatorial, quente e úmido, mantendo a floresta tropical sempre exuberante.

Regiões Significativas e Seus Impacts

Determinadas regiões do Brasil são particularmente significativas devido à sua geografia única.

  • Serra do Mar: Além de ser uma barreira natural, é uma área rica em biodiversidade e abriga remanescentes importantes da Mata Atlântica.
  • Pantanal: Conhecido mundialmente pela sua biodiversidade e pelo ecoturismo, sua planície inundável é crucial para a conservação de diversas espécies.
  • Chapada Diamantina: No estado da Bahia, é um exemplo de relevo que atrai muitos turistas por suas formações rochosas, cavernas e cachoeiras, além de contribuir para a biodiversidade do cerrado e da caatinga.

Neste contexto é fundamental entender que, além de seu caráter visual e de ocupação, o relevo age como um grande modulador de diversos aspectos do meio ambiente e da vida humana no Brasil. Por isso, o estudo dos tipos de relevo brasileiro não é apenas uma matéria de sala de aula, mas uma porta de entrada para a compreensão mais ampla de como nosso país se organiza e interage com recursos naturais e ambientais.

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