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UFOP 2024: entenda o indicativo de fim de greve e os próximos passos

Nesta quarta-feira (19), os professores da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) aprovaram um indicativo de fim de greve, com a previsão de retomada das aulas em 1º de julho. Mas o que isso realmente implica? A greve chegou ao fim?

Na assembleia, foram analisadas as propostas apresentadas pelo governo, através do Ministério da Gestão e Inovação e do Ministério da Educação. Além disso, houve debates sobre a continuidade ou término da greve, em alinhamento com o Andes, o Sindicato Nacional dos Docentes.

Joana Amaral, representante do comando de greve na UFOP, detalhou os próximos passos. Joana explicou que, embora os avanços nas reivindicações, como reajuste salarial e aumento do orçamento da universidade, tenham sido modestos, a greve conseguiu alguns progressos importantes para a melhoria da educação pública.

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Entre as principais demandas, destacam-se a necessidade de novos investimentos para a manutenção das atividades universitárias, a revogação de medidas que prejudicam o trabalho dos docentes e a garantia de uma educação gratuita e de qualidade para todos os alunos.

“Apesar de os avanços não terem atingido o nível desejado, a greve proporcionou pequenos passos rumo a uma educação pública de qualidade, acessível a todos os estudantes, especialmente aos filhos dos trabalhadores. A preservação desse pilar é crucial para nosso movimento”, afirmou Joana.

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A assembleia da UFOP optou por construir coletivamente a saída da greve. Isso significa que irão aguardar as deliberações de outras universidades do Brasil, que estão ocorrendo até amanhã (20), para que todas as instituições se manifestem. A UFOP apontou 1º de julho como a data provável para o fim coletivo da greve.

Depois das assembleias nacionais, o Comando Nacional de Greve enviará um relatório às universidades, que se reunirão novamente em assembleia para discutir o relatório e decidir, de forma definitiva, sobre o fim da greve.

Importância da construção coletiva

Joana ressaltou a relevância de uma construção coletiva para garantir uma saída fortalecida do movimento, destacando a importância da unidade dentro do Andes Sindicato Nacional. Desde o início da greve, em 15 de abril, com a adesão de 17 instituições, o movimento tem sido caracterizado por deliberações coletivas e unificadas.

“Esse é um processo de construção coletiva, essencial para garantir uma saída robusta do movimento, com avanços e com nossa voz firme na disputa pelo orçamento público federal. O resultado da assembleia indica um possível fim da greve, mas ainda não é definitivo. Analisaremos sob uma perspectiva coletiva dentro do Andes Sindicato Nacional”, explicou Joana.

Portanto, apesar do indicativo de término, a greve ainda não está oficialmente encerrada. A decisão final será tomada na próxima assembleia, após a análise das deliberações de todas as universidades envolvidas no movimento grevista.

Confira o cronograma:

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  • 19 e 20 de junho: Realização de assembleias em outras universidades brasileiras para se manifestarem sobre o indicativo de fim de greve.
  • 21 a 23 de junho: Análise dos resultados das assembleias pelo Comando Nacional de Greve e elaboração de um relatório geral sobre o movimento.
  • 24 de junho: Envio do relatório geral pelo Comando Nacional de Greve às universidades.
  • 25 a 28 de junho: Nova assembleia na UFOP para discutir o relatório recebido e decidir sobre a aprovação definitiva ou não do fim da greve.
  • 29 de junho: Comunicado oficial do resultado da assembleia da UFOP sobre a decisão final do fim da greve.
  • 30 de junho: Preparativos finais para a retomada das aulas, incluindo reorganização do calendário acadêmico e comunicação com a comunidade universitária.
  • 1º de julho: Possível retorno efetivo das aulas na UFOP, caso o fim da greve seja aprovado definitivamente.

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