Português

Derivação parassintética

A compreensão profunda dos mecanismos de formação de palavras é essencial para estudantes que buscam aprimorar suas habilidades linguísticas e se preparar eficazmente para provas e exames escolares. Dentro desse amplo universo da morfologia, destaca-se a derivação parassintética, um processo bastante peculiar e interessante. Esse tipo de derivação ocorre quando uma palavra é formada pela adição simultânea de um prefixo e um sufixo a um radical, criando um significado completamente novo. Esse processo se distingue da derivação prefixal e sufixal simples, que adicionam, respectivamente, apenas um prefixo ou um sufixo.

O que é Derivação Parassintética?

Na derivação parassintética, o significado do novo termo não pode ser inferido adicionando-se os significados do prefixo e do sufixo separadamente ao radical. Ou seja, a formação de uma nova palavra através desse processo exige uma transformação mais profunda, que não seria possível através da derivação prefixal ou sufixal isoladamente. A parassíntese é, portanto, um recurso morfológico eficaz para a criação de novos conceitos na língua portuguesa.

Características e exemplos de Derivação Parassintética

Para ilustrar a derivação parassintética, consideremos alguns exemplos práticos:

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  • Envelhecer: O verbo “velho” recebe o prefixo “en-” e o sufixo “-ecer” simultaneamente, resultando em uma nova palavra com o significado de “tornar-se velho”.
  • Empobrecer: De maneira similar, “pobre” é transformado em “empobrecer” pela adição do prefixo “em-” e do sufixo “-ecer”, indicando o processo de “tornar-se pobre”.
  • Amanhecer: O termo “manhã” é combinado com os afixos “a-” e “-hecer”, criando “amanhecer”, que denota o ato de “tornar-se manhã” ou “chegar a manhã”.

Identificação da Derivação Parassintética

Identificar uma derivação parassintética em um teste ou exame exige do estudante a habilidade de analisar a estrutura da palavra e compreender a simultaneidade na adição de prefixo e sufixo. Alguns critérios podem ajudar nessa identificação:

  1. Verifique se a retirada apenas do prefixo ou do sufixo resulta em uma palavra inexistente ou com significado totalmente diferente.
  2. Considere se o significado do termo, formado pelo radical mais afixos, é inseparável, ou seja, não pode ser deduzido apenas pela soma das partes.
  3. Analise se a adição dos afixos altera a classe gramatical da palavra base.

Cuidados e exceções

Ao estudar a derivação parassintética, é importante estar atento a algumas exceções e aos cuidados necessários:

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  • Nem toda adição simultânea de prefixo e sufixo configura uma parassíntese. É fundamental que essa combinação gere uma mudança significativa na palavra original, tanto em significado quanto, muitas vezes, em classificação gramatical.
  • Existem casos em que a formação parassintética é disputada entre gramáticos, o que exige do estudante uma compreensão flexível dos conceitos e a capacidade de argumentar a favor de uma análise.
  • Algumas palavras podem parecer parassintéticas, mas são resultados de outros processos morfológicos, como a composição. Portanto, uma análise cuidadosa da origem das palavras é sempre recomendada.

A derivação parassintética representa uma faceta fascinante da língua portuguesa, oferecendo aos estudantes um olhar profundo sobre a formação e evolução das palavras. Ao dominar esse e outros processos morfológicos, o aluno enriquece seu conhecimento linguístico e aprimora sua competência para provas escolares e exames de linguagem. Com estudo dedicado e atenção aos detalhes, a derivação parassintética pode ser completamente compreendida e utilizada eficazmente em contextos acadêmicos e cotidianos.

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