Português

Índice de indeterminação do sujeito

O índice de indeterminação do sujeito refere-se a uma construção na língua portuguesa usada para indicar situações em que o sujeito da oração não é especificado, seja porque desconhecemos sua identidade, porque ela é irrelevante para o contexto ou porque desejamos omiti-la por algum motivo. Existem diferentes maneiras de indeterminar o sujeito em português, e entender esses métodos é crucial para o domínio efetivo da língua, especialmente em contextos formais de prova.

Uso do Pronome “Se”

Uma das formas mais comuns de indeterminar o sujeito é por meio do uso do pronome apassivador ou partícula apassivadora “se”. Este método é aplicável com verbos transitivos diretos e alguns transitivos indiretos, transformando a oração ativa em passiva sintética. Exemplos:

  • Vendem-se casas. (Casas são vendidas.)
  • Alugam-se apartamentos. (Apartamentos são alugados.)

Note que o verbo concorda com o sujeito (casas, apartamentos) que está indeterminado, mas entendido através do contexto.

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Verbo na Terceira Pessoa do Singular

Outra forma frequente de indeterminação do sujeito ocorre quando o verbo é empregado na 3ª pessoa do singular, acompanhado ou não pelo índice de indeterminação “se”, mas, neste caso, sem função apassivadora. Isso geralmente ocorre com verbos que não admitem passiva, ou seja, verbos intransitivos, de ligação e transitivos indiretos que não se encaixam na regra anterior. Por exemplo:

  • Precisa-se de ajuda.
  • Vive-se bem aqui.

Nesses casos, o “se” funciona como um índice de indeterminação do sujeito, sem criar uma voz passiva.

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Exceções e Cuidados

Ao trabalhar com o índice de indeterminação do sujeito, é crucial estar atento às exceções e aos cuidados necessários para evitar erros, especialmente em contextos acadêmicos e formais. Uma observação importante é que, ao indeterminar o sujeito, o sentido da frase pode ser alterado, portanto, o uso dessas estruturas deve ser feito de maneira consciente e adequada ao contexto.

Dicas para Aplicação Correta

  • Verbos Intransitivos: Lembre-se de que, ao usar verbos intransitivos para indeterminar o sujeito, deve-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular, adicionando o “se” somente quando necessário para manter a indeterminação sem comprometer o sentido da oração.
  • Contextualização: Esteja atento ao contexto em que a indeterminação é aplicada. Certifique-se de que a omissão do sujeito não prejudica a compreensão da mensagem que se deseja transmitir.
  • Concordância Verbal: Atenção especial deve ser dada à concordância verbal quando o índice de indeterminação do sujeito é utilizado. O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito, quando houver, ou permanecer na terceira pessoa do singular quando o sujeito estiver completamente indeterminado.

A indeterminação do sujeito é uma ferramenta valiosa na língua portuguesa, permitindo ao falante ou escritor expressar ideias de forma mais genérica ou enfatizar a ação em detrimento do agente. Dominar as regras e exceções relacionadas a esse tópico não apenas enriquecerá sua competência linguística, mas também facilitará a comunicação de ideias de forma clara e eficaz em exames e situações formais.

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